Artigo: A Espada de Aventurina

Criada nas regiões centrais de Odenheim no século VII, esta é uma das armas mais versáteis e equilibradas que já vi, apesar de nunca ter conhecido sequer um espadachim que a dominasse completamente. Quando a demanda por carvão cresceu na capital e as florestas odenianas começaram a ser desmatadas para fornecer lenha, Maeve respondeu com um ataque cruel de conjurações que durou para muitos anos além do arrependimento dos odenianos. Mesmo depois das árvores restituídas, felpi e outras conjurações em bandos terríveis assolavam as noites em vilas pequenas, e os cavaleiros da capital não podiam estar em todos os lugares ao mesmo tempo.

Muitas armas foram tiradas de seus baús naquela época. Muitas ainda conservavam o vigor, seus metais ainda reluziam. Muitas estavam inúteis, quebradas, repletas de ferrugem, prontas para serem quebradas com uma só agadanhada terrível dos felpi. Dizem que a idéia partiu dos jovens de Aventurina, uma vila montanhesa cuja existência é quase uma lenda para a maior parte da população odeniana. Os garotos peregrinaram de forja em forja mostrando aos velhos uma espada longa e leve, que poderia manter os felpi afastados e perfurar através de sua pele com facilidade. Dia após dia, as novas espadas foram forjadas. Seu uso era simples – mantinha-se o felpi afastado o ameaçando com a ponta. Seguido ao bote, um golpe de perfuração com as duas mãos dava conta do recado. Golpes amplos de corte também eram usados quando os felpi faziam emboscadas – a arma era perfeita. Quando o problema terminou, os odenianos estavam próximos de um novo estilo formal de luta com espadas.

Infelizmente poucas delas sobreviveram às décadas e hoje poucos ferreiros ainda conhecem as medidas e métodos para sua construção. Alguns dedicam-se exclusivamente a criar novas espadas de Aventurina, talvez num esforço pra reviver o espírito de Odenheim de antes da passagem do Duque Negro pelo trono.

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