Artigo: O Santuário de Asperi

Ao sul do grande planalto que circunda Lodis, guardado por névoas permanentes em sua condição de baixio, o pequeno Bosque Gris guarda uma antiga igreja, o Templo Sagrado de Asperi, o já caído Altíssimo do pó e das cinzas. Esta igreja de estilo chanteliano antigo, depois de anos de abandono e chuvas e depois de todas as linhagens de oradores de Asperi terem se esvaído, tornou-se uma figura melancólica, quase desaparecida no bosque. Até este ponto, o Templo Sagrado de Asperi teve o mesmo destino de tantos outros templos de estrelas apagadas, como Calícrates e tantos outros longinianos. Suas torres compridas e negras por lá ficaram por, talvez, um século, e teriam sido esquecidas e dominadas pela vegetação.

As disputas pela coroa odeniana, porém, fizeram com que o lugar tornasse-se uma espécie de refúgio de cavaleiros bandidos, primeiramente Ld. Marin Karkaroff e seus asseclas, e, ao que tudo indica, hoje em dia, a resistência do que sobrou da Ordem Pristina liderada por Ld. Gunther Quirian, Senhor dos Mares.

Já houveram várias ordens para que demolissem a pequena igreja nos intervalos entre essas ocupações - foi erguido, inclusive, um pequeno santuário em honra do Altíssimo Asperi em Lodis, capital. Entretanto, todas as tentativas de encontrar o templo destas vezes falharam, e uma resultou em uma pequena chacina promovida por, segundo testemunhas, cálciferes enlouquecidos. Uma espécie de vontade superior parece proteger o local, permitindo que entre somente quem não tiver intenções que vão de encontro à permanência do pequeno templo. Diz-se que a Quimera cogitou bombardear o lugar, mas a ordem foi retirada de maneira abrupta e suspeita por um alto oficial odeniano. Parece-me que a capital prefere dar aos meliantes um lugar para se esconder, e saber que eles estão ali.