Artigo: Mikasas

As capitânias da série Mikasa, nativa cedariana e largamente empregadas pelos Cranequin em suas operações, são leves e comportam uma tripulação de, no máximo, oito pessoas. Armadas com turbinas duplas, podem desenvolver velocidades superiores a 40 nós em mares internos e mais de 105 nós no éter. Sua blindagem é toda feita de aço e cromo (a isto chamam Armadura Crupe); elas têm um formato vagamente losangular e empregam três capotas para a transição. Possuem uma metralhadora pesada Matra montada em sua torre principal externa, e são adaptáveis para diversos armamentos, inclusive torpedos de alto alcance. Têm casários confortáveis, com corredores estreitos e beliches. O trabalho interno de madeira é impecável nas Mikasa industrializadas, com móveis adaptados que se encaixam nas paredes quando estão fora de uso. As Mikasa também têm cozinhas internas e uma área de lazer de razoável espaço, tudo em uma capitânia de pouco menos de vinte metros de comprimento total.

As Mikasa revolucionaram toda uma classe de capitânia leve híbrida em seu tempo por possuirem um par de asas largas e triangulares, retráteis, que fazem a função de planadores no éter. Em mares revoltos, as primeiras ondas impulsionam a Mikasa para o alto e lá ela permanece, usando esporadicamente as turbinas para ganhar altura e mantendo-se em segurança. Os planinautas chamam esta manobra de "eteroplanar" ou "fazer o vôo de Uraeus".

Feitas a partir de projetos originais ivoreanos, as série-Mikasa geralmente carregam vários traços de seus donos. Portam muitas vezes aerografias arrogantes e grandes bandeiras (grandes mesmo) em mastros inclinados, portando motivos guerreiros, logotipos de marcas de vinho, escudos de clubes, e brasões de família. A maioria das capitânias de esquadra têm ordem de se afastar à detecção de uma Mikasa, porque o comportamento dos Cranequin é muitas vezes imprevisível e eles não perdem muitas oportunidades de assaltos em alto-éter.