A volta.

Retornei a nosso orquidário (os gentios o batizaram Mirventura) com os olhos tristes, nem a Viola pude ter um sorriso. A ausência de qualquer descoberta está acabando comigo e pela primeira vez pensei que esta escapada pode ter sido um grande problema.

Durante a noite Viola veio a mim e contei toda a verdade a ela. Estava desesperado e me sentindo no final das forças, sem condição de pensar em como escapar. A nobre dama prometeu que me ajudaria, para minha surpresa, e no dia seguinte, enquanto aprumava um buquê, falou baixo a mim através de uma parede de folhas.

'Há um caminho', ela disse, 'ao sul, que levará seus pés para um porto livre. Lá poderá convencer alguém a te levar por algumas rúpias. O adepto passa longe deste ponto em sua rota normal, mas já o vi passando lá algumas vezes. Vá com cuidado.'

'Eu ainda tenho interesses por aqui', respondi a ela. 'Fico ainda uma lua.'

'Não. Vai, aqui teu coração não pertence', ela disse. 'Antes que pertença a ti meu coração.'

Pude pronunciar o nome dela ainda uma vez antes dela sumir nas folhagens. Parti, chorando, naquela noite, carregando comigo o rosário que ela tinha deixado, profanando sua fé e fazendo um último mal a Viola, talvez a última mulher que eu tenha amado.

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