Os campanários ainda não me abandonaram.

Nem em mente, nem em coração. Nossas orquídeas estavam os decorando, 'plantadas' em roseiras verticais nas quais pendiam por cima das pedras graníticas e nuas. Eu já via os raios descendo por sobre aquela capela, a luta dos adeptos contra o avantesma, a submissão e o poder. Por um momento um pensamento fulgurante e revelador sobre aquilo se apossou da minha cabeça, me fazendo ter uma compreensão inteira da situação segundo os planos de Maeve para nós. Mas como se proibido, aquele pensamento me fugiu por inteiro, deixando somente o espaço vazio atrás de si. Isso vem me acontecendo com assuntos menores há algum tempo, mas nunca uma compreensão esquecida me atingiu tanto quanto essa. Foram segundos de êxtase de entendimento nos quais eu não tive tempo para memorizar.

Os céus, brandos com as nuvens correntes de Rublo, queriam me dizer alguma coisa. Eu estava inútil para compreender, enxergando apenas o que estava dentro de mim. A viagem de volta passou em um suspiro.

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