Artigo: A Flora

Imediatamente depois dos anjos, Maeve fez os mundos para que vissem, e permeou-o com seres de iluminação e serenidade que sofreriam junto com os povos ou floresceriam com eles. Estes seres assumiram formas naturais e se tornaram raízes que se cravaram no solo de todos os universos, tornando-se galhos, casca, frutas, grama, grandes árvores, troncos, flores e tudo o mais: flora.

Nos círculos escolásticos elas são chamadas de 'seres de vazio'. Suas consciências formam o espírito dos mundos e elas refletem, sofrendo ou florescendo, as ações da civilização. A flora é grandiosa quando os homens a fazem assim, e triste e mirrada quando decepcionamos nossos propósitos. Os longinianos descobriram isto antes de todos nós. Maeve para eles também é uma árvore, imutável e eterna.

Não existem conjurações em forma vegetal, ao contrário do que se acredita. Também não existem árvores que se movem, que pensam, odeiam e assombram viajantes. A natureza não se vinga de nós quando a insultamos; ela sofre conosco, e nos faz sofrer completamente sem esta intenção. Ela não precisa sentir vingança para que sejamos punidos. Ela está em nós e nós a somos.

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