Artigo: A Espada Zweihander da Legião Triunfante

A gigantesca espada Zweihander, prodígio da forja industrial, pode ser considerada uma invenção do Duque Negro. Em seus devaneios, o terrível aristocrata imaginou cavaleiros com armaduras de placas montando bestas voadoras e brandindo espadas titânicas. O advento das Legiões Triunfantes, enquanto capricho, introduziu um sentimento novo nos corações dos ivoreanos: o terror. A visão da sombra de dezenas de azdares erguendo-se no horizonte, para depois cair sobre os batalhões, num ataque derradeiro e suicida, marcou todos que sobreviveram à Guerra da Ilha Sagrada.

Tratando-se de características físicas, a Zweihander é uma espada feita para matar, de preferência de uma maneira genocida. Com mais de dois metros de lâmina e um cabo de quase um metro, a espada favorece golpes muito amplos e, apesar de poder ser usada em solo, é muito mais efetiva no dorso de uma grande besta voadora como os azdares e os coronas. Oferecendo pouca ou nenhuma capacidade defensiva, ela não possui uma guarda (apesar dos tantos golpes sucessivos acabarem por talhar dentes no comprimento da lâmina). Sua ponta possui uma perfuração mortal para ser usada em carga, como uma lança de justa, mas seu golpe principal é o de balanço.

Poucos modelos diferentes desta espada foram manufaturados, mas é grande a capacidade de modifiação de uma espada deste tamanho. Ela pode ser novamente talhada para tornar-se praticamente qualquer coisa com relativa facilidade. A espada Zweihander também entrou no imaginário coletivo os odenianos como símbolo de heroísmo. Não faltam jovens que se dedicam ao manejo desmontado destas espadas, ou de réplicas dela.

A representante primária da espada zweihander é a Hauteclaire. Estas espadas foram as primeiras forjadas para os cavaleiros da legião triunfante. Os primeiros azdares não conseguiam levantar vôo portando cavaleiro e espada – seu peso, desequilíbrio e volume atrapalhavam o movimento das asas da besta. Naquela época originou-se o costume em que o cavaleiro levanta vôo sem a Zweihander, depois passa em rasante sobre uma torre ou um lugar alto, onde um escudeiro lhe espera com a espada erguida; então o cavaleiro toma a espada e parte para a guerra, na direção do horizonte. Esta espécie de ritual prosseguiu até mesmo depois que os azdares adquiriram maior força, com o desenvolvimento da criação dos filhotes e a descoberta da raça dos Coronas, azdares com escamas de tonalidade vermelha escura.

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