Artigo: Os Custódios

Eventualmente vê-se por Primaterra representantes da que pode ser uma das mais antigas das conjurações - os Custódios, ou "Závoles", como se falava antigamente. Estima-se que hajam civilizações de Custódios em partes distantes ou profundas do Rudra, já que parece inata a estes seres a capacidade de sobreviver em qualquer estágio das camadas astrais. Os pequenos seres, com rostos caninos semelhantes a pequeníssimas raposas completamente negras, de joelhos invertidos e compleição frágil, são capazes de operar com talento e prontidão toda sorte de mecanismos místicos - e dispõem de força prodigiosa para tanto se usarem os característicos bastões de ferro com argolas que costumam carregar. São quase sempre muito fluentes no titani e têm dificuldades imensas com o alvali.

São chamados assim os Custódios porque também lhes é inata uma qualidade de obediência fundamental que norteia suas vidas - histórias contam de grandes adeptos ou feiticeiros que utilizaram dos serviços dos Custódios para empreitadas de grande escala. Os poucos Custódios encontrados na superfície sofrem do mal da uranofobia - temem, incrivelmente, o próprio céu, aberto, infinito e instável. Eles geralmente não sabem muito mais sobre a própria raça do que nós mesmos, ou simplesmente não conseguem o explicar a humas em nenhuma língua.

As poucas pessoas que tiveram oportunidade de estudar os Custódios ao longo da história tiveram sobre eles muitas conclusões contraditórias - a maioria concorda, no entanto, que eles não parecem envelhecer, têm capacidades físicas limitadas, não são capazes de processar misticamente nada mais complicado do que as mais simples das geomancias, são dotados de uma humildade profunda e ao mesmo tempo são fugidios, assustadiços e perigosamente inteligentes.

Nenhum comentário: