Artigo: O Estilo Destrucionista

Eu mal considero uma coisa destas como arte, mas devo retirar meus conceitos dos meus escritos o máximo possível. O estilo pregado pelos poetas da revolução, montados na armurada da eternidade e prontos para atirar-se com fúria ao fim, é a arte na destruição. Latas de tinta, pixações, marretas e qualquer coisa que destrua e humilhe as glórias antigas são os santos salvadores dos destrucionistas. Este estilo vibra entre as camadas jovens de classe alta em Lodis, que muitas vezes arriscam o que não têm unindo-se a movimentos de destruição como a Noite da Lanterna (que é quase que uma celebração máxima destrucionista, apesar de seu propósito inicial não ter nada a ver com arte).

A obra destrucionista que não é feita propriamente destruindo algo encontra-se na poesia e na música. Esta última tem teor chanteliano, mas sempre converge pra grandes blocos de dissonância e envolvem virtuosismos demoníacos em escalas descendentes. No outro lado do compasso estão escultores que trabalham com detritos, pichadores de poesias, alquimistas cujas explosões libertam trovões maléficos e protestantes cujo prazer máximo é desafiar tudo que foi imposto para todos por séculos.

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