Artigo: Os Ventos Belvederinos

A imersão do Castelo Sagrado da Cerração no início do século ocasionou um choque de retorno grande o suficiente para definir uma degeneração terciária na redoma sobre o Belvedere. O esforço da ordem de Buriash com invocações de Cálciferes restaurou parte do olho, mas os tauroclasmas constantes trouxeram ventos áridos pela costa de Faris, mudando quase todo o seu cenário a olhos vistos. Ironia do destino, o maior estrago não fora feito por Ivoire, mas pela maldição do Cardeal Bram, um odeniano, tomado por Câncer.

Os ventos do norte, trazidos do Belvedere, são vermelhos e trazem suas areias; estes ventos são chamados pelo farisi, há mais de cinqüenta anos, de 'jugos', e pelos cedarianos do norte, de 'leveches'. Eles normalmente antecedem tempestades das mais terríveis, quando não tauroclasmas. Ambos os eventos estão completamente fora do controle dos adeptos de Buriash. Parte deles atinge as fronteiras internas de Faris de maneira surpreendente; a única área salva é a província de Alagos que recebe partes mínimas dos ventos vermelhos por cima do Alvo.

Os jugos alteraram completamente outrora ensolarada costa do continente, tornando-a um lugar rochoso e seco, principalmente nas maiores altitudes. Sangaria não tem florestas salvo as de Alagos; bosques secos em beiras de estrada são visões comuns, árvores que já receberam vários raios, carbonizadas como se tivessem esquecido de cair, cadáveres ocos olhando por sobre as terras secas com desdém.

As areias quentes trazidas pelos jugos calcinam o solo onde caem. Durante sua estada, os ivoreanos instalaram máquinas Centurion, construções subterrâneas com grades imensas na superfície da terra que projetam colunas de vento frio para cima afim de bloquear os jugos. Como tudo antigo e ivoreano, trata-se de tecnologia Matra. Enquanto bloqueam as areias, as enormes máquinas desprendem redoma com grande aceleração, contribuindo para o alargamento do olho monstruoso do Belvedere.

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