Artigo: O Gládio Odeniano

O gládio odeniano é uma espada pesada, curta e levemente desbalanceada, usada com as duas mãos; de cabo longo, guarda praticamente inexistente (ausente na maioria das espadas), e fio dos dois lados; ela foi, muito provavelmente, uma das primeiras armas criadas em Odenheim, para sustentar um contingente de jovens aristocratas ávidos por um esporte marcial emocionante. Os primeiros gládios odenianos datam de aproximadamente 430 D.F., no reinado da Imperatriz Michaela Chantel.

A fama de ineficácia do gládio odeniano deve-se à arte pobre e mecânica que foi ensinada aos cavaleiros da Ordem Pristina (que era uma ordem de elite na época), na verdade a única que dedicava-se ao manejo desta arma. Acredita-se que o estilo tenha sido a primeira escola nacional de esgrima; esta afirmação, vigente em muitos livros e ensinada a muitas pessoas, é falsa. Investidores particulares financiaram a viagem de Ganix, um lendário mestre-de-armas longiniano da época, para que ele criasse um manejo poderoso para a nova arma. Tenho minhas suspeitas que os kishis reuniram-se em conselho e orientaram Ganix para que ele criasse o estilo menos efetivo possível, retardando por séculos o progresso marcial de Odenheim.

Anos não bastaram para provar aos obstinados militares odenianos que o estilo era pouco eficiente. O estilo do gládio curto odeniano foi enterrado junto com o fim da Ordem Pristina, quando Dário Meredith, o Duque Negro de Lodis assumiu o trono de Odenheim e enviou quase todos os cavaleiros restantes às guerras nas fronteiras das Ilhas Sagradas, os perdendo rapidamente para os batalhões ivoreanos.

Imagino que seja pouco provável que haja um renascimento do gládio odeniano, a não ser em outro estilo terminantemente diferente. Mesmo os cavaleiros-bandidos, órfãos da Pristina, não fizeram renascer este estilo, usando, em sua maioria, Espadas de Aventurina (de manejo natural, prático, efetivo) ao invés dos Gládios.

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