Artigo: O Estilo Firrareano

Nos condados de Firrara próximos a Veruna, nas amplidões de Rublo, houve durante o quarto século um grande culto ao folclore gentio na literatura e nas artes. Fundou-se o estilo artístico de Firrara, que faz de tons escuros de verde, vermelho e negro milhares de desenhos poluídos, detalhados e estranhos, inspirados pelo subconsciente dos habitantes de um lado amplo e quase desabitado de Oden, Ayanan.

Hoje em dia o estilo firrareano está um pouco passado. Quase todo odeniano tem um quadro, um escudo ou uma cornija de lareira feito com as cores de Firrara. A época grande do estilo foi uma em que muita gente subitamente decidiu produzir peças de arte e o estilo foi um pouco banalizado. Em Rublo, hoje em dia, está havendo, contudo, uma revitalização do estilo feita por artistas verdadeiros, inspirados e imaginando cenas fabulosas, muitas vezes substituindo as cores negras pelas brancas numa licença poética ousada.

A literatura firrareana é apressada e prolixa. Contos de anos de detalhes são feitos em parágrafos e às vezes uma página é usada para descrever uma cena em uma velocidade intensa e passional. A intenção original era reproduzir alguém que tenha visto algo fabuloso e queira contar tudo sem conseguir ter por onde começar... mas o estilo evoluiu para uma espécie de êxtase poético onde todas as palavras se unem para fazer uma descrição ou uma cena perfeita.

A música firrareana, se é que houve um estilo de música firrareana, era feita com bandoneons e violões. Era música de gentios, que foi explorada por um ou outro compositor erudito (notavelmente o Monsenhor Barclay, que deve ter composto ao menos cinco odes para cada conjuração que já pisou o solo de Natal). Explorava poesia como a da literatura, limitada pelo contexto melódico da música. Nada grave a dizer. Era música tocada por poucos e cantada por muitos, que hoje em dia quase não se executa salvo em áreas de ruralidade intocada pela urbanização e organização de Rublo.

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